As ideias não surgem mais, e no lugar delas existe agora um imenso vazio.
Dúvidas que aparecem do nada.
Sentimentos que não se explicam, dores que não se sente.
Uma anestesia geral, que impossibilita de progredir.
Um olhar solitário, que procura encontrar algum brilho.
Pensamentos quebrados, que parecem não mais se unir.
Uma confusão que aflora no intimo da incerteza.
Tem-se a vontade, os assuntos, mas não forma-se a junção.
Um desejo de romper esse silencio que ecoa.
E a mente borbulha e trás de volta as lembranças de coisas que não se querem lembrar.
E no corpo uma falta de esperança, um olhar de desespero.
As frases repetidas, nessa rotina constante, procura um caminho diferente mas não sabe onde encontrar.
A consciência de estar perdida, procurando algum lugar.
Mas o esforço parece não trazer nenhum êxito, e os obstáculos parecem não mais ferir, e as lágrimas que apareciam com frequência não querem mais cair.
Apenas um cansaço, que não se percebe, nem se nota, apenas pode ser sentindo, no entanto é incapaz de ser decifrado.
Aprendeu-se a arte de fingir e não se pretende mais lutar.
Apenas espera, por algo que não existe identificação, inventa-se mil problemas, mil perguntas, e não encontra-se nenhuma resposta.
Momentos que são interrompidos, e perdidos, tiram o foco e ofuscam a luz, nesse imenso espaço escuro e oco.
Nada pode completar.Um forte desejo que essas confusões contínuas, essas agonias, que passam e ressurgem cada vez mais intensas, possam desaparecer de vez.
O medo do fim faz com que ele não exista, procura-se o sossego, a tranquilidade e a paz.Porém só se enxerga o desespero, o caos e as guerras.
A perturbação que não some, e que persegue como um inimigo que conhece cada detalhe da sua presa.Essa falta de ordem que não pode ser definida...fica apenas na espera e torce para que esses enleios possam acabar.
Nesse mundo reciclável de ideias em que o diferente é igual, e o igual não fascinaMostre-me o final, e me der algo variado de tudo que exista, para que eu possa entender os enigmas que não são decifráveis.
Aponte os meus erros, defina a minha solidão.
Eu apenas quero compreender e descobrir o porquê estou tão distante daquilo que hoje chamam de perfeição.
EdiToR : josué neto
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